Se estiver sem energia, vá para Kizur.
Sexta-feira, 27/09/2019.
Dia começa com surpreendente
relato de ex-procurador-geral
sobre tentativa contra ministro da suprema corte.
(*) O que será que há por trás das vontades?
Vá para o topo do Kizur,
A montanha da vida.
Se estiver sem energia,
Para um novo amanhã,
Não esqueça de Kizur,
Para sarar a ferida.
Mas somente se for para aquela dor
Que não cura de noite,
Nem de dia.
Corra para Kizur,
Onde o dia sempre vira sol,
A noite sempre vira lua.
Talvez assim consiga a harmonia,
De que tanto busca e precisa.
Pois Kizur trabalha com ferida,
Daquelas que impedem qualquer corrida.
Dor que perturba como pimenta,
Machuca que nem ferro quente,
Mas ninguém vê,
A não ser o próprio ser,
Que chora e demasiadamente sente.
Ferida assim trabalha com a noite e o dia,
Em vaivém para acabar com a harmonia.
A bendita harmonia
Que pode não haver,
Durante o ano ou meses,
Semanas ou dias.
Tudo para confundir o desorientado ser,
Que antes regia-se por acordes e melodia.
Portanto, em tempos de vulnerabilidade,
Ninguém merece ser formiga,
De forma a carregar o mundo,
Não nas costas, mas na barriga.
Caso o ser não se recomponha,
Da ferida que abate a harmonia,
Estranhos fungos o tragarão.
O ser não pode, ainda vivo, se decompor,
Poque não é zumbi,
Quem se decompõe andando, vendo e cheirando.
Então corra para o topo do Kizur,
A montanha da energia.
Templo do desapego aos amores,
Das riquezas ou dos devaneios.
Montanha mais alta do que o Everest,
Quase dez vezes mais alta,
Porém acessível a qualquer um.
Mas caso não queira ir para o topo do Kizur,
Chegue ao menos até ao acesso.
Tente colocar os dois pés.
Quem sabe assim sinta que a vida tem montanhas,
De graus e tamanhos diferentes,
Mas talvez não seja para qualquer um.
Brasília, DF, em 27 de setembro de 2019.
Se estiver sem energia, vai para Kizur. Poema de Bomani Flávio.
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