O coronavírus e o cavalo preto.
Sombrio Coronavírus!
Novo como o amanhã.
Gosta sempre do amanhã,
Que é o gostoso futuro,
Para deixá-lo inseguro.
Missão sem barganha.
Por que serve como arma
Do sinistro cavaleiro
Do cavalo preto,
Que sobrevoa os ares?
Cavaleiro de preto impiedoso.
Zomba e ri
Do dardo que joga.
Brinquedo que judia.
Arma que mata.
Quanto mais o cavalo voa,
Abundante o stress.
A pátria está ficando roxa
De tanto stress.
Sessenta a noventa dias,
Talvez mais,
De muito stress.
Quase um prenúncio do Walking Dead,
Por causa do cavalo preto,
Que sobrevoa os ares.
Cavalo preto sombrio,
Cujo cavaleiro é o bicho
De cabeça de rã.
As pernas de garfo.
Cavaleiro com a missão de fazer chorar.
Abrir covas,
Para realizar os sonhos
Dos príncipes e princesas.
Mas cavalo preto não existe.
Não existe o bicho de cabeça de rã.
Tudo ficção barata
Da sessão da tarde.
O que mata é a dor
Ou o rosto cheio de choro.
Isto também é ficção
Da sessão da tarde.
Brasília, DF, em 17 de março de 2020.
O coronavírus e o cavalo preto. Poema de Flávio di Fiorentina.
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