No beco sem saída .
Na vida tão curta e corrida,
Eu repentinamente estava em um beco sem saída.
Um repentino dinossauro me atacando ferozmente.
Xeque mate sem aviso prévio,
Que parecia uma severa despedida.
Quanto mais se passavam as horas ou os dias,
Mais difícil desobstruir a saída.
Às vezes eu chorava,
Outras vezes reclamava,
Sob o intenso demoníaco pesadelo,
Que, mesmo acordado, não acabava.
Chorar ou reclamar,
Em um beco sem saída,
Pode ser a solução,
Se o socorro estiver do outro lado da avenida.
Mas se o socorro for tão distante quanto a vida no deserto,
Melhor, nessas horas,
O ser inventar uma saída.
Assim, no meio de tanta agonia,
Com os joelhos dobrados e mãos para o alto,
Passei a ter a habilidade de criar uma lua.
De tanto fazer desenhos incansáveis no chão,
Que passaram a iluminar fantasticamente uma ou várias saídas.
Criação que afastou o mal,
De forma a redesenhar uma exuberante saída.
Tudo parece loucura na vida do ser,
Quando se estar em um labirinto sem saída.
Brasília, DF, em 20 de janeiro de 2020.
No beco sem saída. Poema de Bomani Flávio.
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