Um santuário dentro do meu eu.
Um santuário dentro do meu eu.
Eu não posso esquecer,
Mesmo na tristeza profunda,
Que tem um lugar,
Onde abriga o meu eu.
Se sou assim,
Talvez seja por causa do santuário,
Que envolve ou protege o meu eu.
Protege tanto que me faz feliz.
Brinca de feliz ou infeliz,
Por causa do meu eu.
Pois cada eu tem seu abrigo,
Que vira tremenda amigo.
Se estranhar, um feroz inimigo.
Quanto mais zelo,
Será, para os outros, um modelo.
Do contrário, para si ou para os outros, pesadelo.
Seja na expressão da alegria,
Seja na dor que sangria,
Esse templo influencia exageradamente o eu.
Mesmo quem tenha síndrome,
(burnout, pânico ou outro codinome),
Por favor, proteja o santuário.
Conquanto há um santuário,
Que abriga o eu.
Pequeno como o eu.
Mas se duvidar da existência desse templo,
Certamente alguém vai dizer que foram as más companhias.
Você se perdeu por causa das más companhias,
Por causa de uma vida sem guia.
Brasília, DF, em 14 de junho de 2020.
Um santuário dentro do meu eu. Poema de Flavio Florentina.