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coronavírus

O coronavírus e o cavalo preto.

Sombrio Coronavírus!

Novo como o amanhã.

Gosta sempre do amanhã,

Que é o gostoso futuro,

Para deixá-lo inseguro.

Missão sem barganha.

 

Por que serve como arma

Do sinistro cavaleiro

Do cavalo preto,

Que sobrevoa os ares?

 

Cavaleiro de preto impiedoso.

Zomba e ri

Do dardo que joga.

Brinquedo que judia.

Arma que mata.

 

Quanto mais o cavalo voa,

Abundante o stress.

A pátria está ficando roxa

De tanto stress.

 

Sessenta a noventa dias,

Talvez mais,

De muito stress.

 

Quase um prenúncio do Walking Dead,

Por causa do cavalo preto,

Que sobrevoa os ares.

 

Cavalo preto sombrio,

Cujo cavaleiro é o bicho

De cabeça de rã.

As pernas de garfo.

 

Cavaleiro com a missão de fazer chorar.

Abrir covas,

Para realizar os sonhos

Dos príncipes e princesas.

 

Mas cavalo preto não existe.

Não existe o bicho de cabeça de rã.

Tudo ficção barata

Da sessão da tarde.

O que mata é a dor

Ou o rosto cheio de choro.

Isto também é ficção

Da sessão da tarde.

 

Brasília, DF, em 17 de março de 2020.

O coronavírus e o cavalo preto. Poema de Flávio di Fiorentina.

pó da terra

Sou do pó da terra, não do pó do sol.

Sou do pó da terra.

Não sou do pó do sol,

Que nunca para.

Como vim do pó da terra,

Eu é que paro,

Para acordar na nova manhã.

 

Parada que ocorre,

Porque sou do pó da terra.

 

Se eu viesse do pó do sol,

Engoliria as vinte e quatro horas.

 

De pé, sem precisar se deitar,

Engoliria as vinte e quatro horas.

 

Se eu fosse do pó do sol,

Não sofreria queimadura,

Porque suportaria qualquer temperatura.

Com certeza aguentaria os trancos

Das emoções ditaduras.

 

Violentas emoções,

Que vêm da terra.

De todos os chãos possíveis,

Para assustar os que são da terra.

 

Assim, como não sou do pó do sol,

Tenho que lutar contra funestas emoções,

Em diabólicas situações.

 

Sou, pois, do pó da terra.

Da Terra que gira ao redor do sol.

Dependência que me faz dormir

De forma a acordar em mais uma manhã

De todos os dias.

 

Talvez um dia o ser possa ser do pó do sol.

Ser totalmente independente,

Para quem o sofrimento seja uma supernova

No futuro distante

De milhares e milhares de anos.

 

 

Brasília, DF, em 04 de março de 2020.

Sou do pó da terra, não do pó do sol. Poema de Flavio di Fiorentina.

sol escuro

Superar o medo do sol escuro.

Prenúncio do medo chegando,

Porque está chegando o sol escuro,

Em mais uma manhã

De todos os dias.

 

Como superar este tipo de medo,

Que se alimenta da matéria escura

De todos os dias?

 

Pois, quanto mais matéria escura,

Mais o sombrio horroriza

A paisagem de todos os dias.

 

Os olhos arregalando,

As unhas se roendo.

Coração perdendo o ritmo.

Sinal do sol escuro

De todos os dias.

 

Cuidado então, meu ser, com o sol escuro

De todos os dias.

Nasce como uma inexpressiva pinta na pele.

Ninguém observa, entretanto, seu extraordinário crescimento

Durante as noites e os dias

De todos os dias.

 

Por isso que meu peito tem andado murcho.

O corpo encurvado.

Tenho me achado um bagaço,

De forma a não merecer qualquer abraço.

 

Andando assim tão cabisbaixo,

Por causa do sol escuro,

Daqui a pouco cairei ladeira abaixo.

 

Quem está no bagaço,

Corre o perigo de ir para o espaço,

De forma a se juntar a outro perigo.

Aquele de criar diversos barracos.

 

Porém o sol escuro desaparece

Caso aprecie com prazer o deslumbrante sol claro ou reluzente

Que enfeita a paisagem de todos os dias.

 

Talvez assim possa superar o medo do sol escuro,

Que rouba a energia da beleza que há no abençoado dia.

Mas este tipo de escuro somente se afasta

Se o coração se abrir para o sol claro,

Que não seria este de todos os dias.

 

Brasília, DF, em 06 de fevereiro de 2020.

Superar o medo do sol escuro. Poema de Bomani Flávio.

 

beco sem saíd

No beco sem saída .

Na vida tão curta e corrida,

Eu repentinamente estava em um beco sem saída.

Um repentino dinossauro me atacando ferozmente.

Xeque mate sem aviso prévio,

Que parecia uma severa despedida.

 

Quanto mais se passavam as horas ou os dias,

Mais difícil desobstruir a saída.

Às vezes eu chorava,

Outras vezes reclamava,

Sob o intenso demoníaco pesadelo,

Que, mesmo acordado, não acabava.

 

Chorar ou reclamar,

Em um beco sem saída,

Pode ser a solução,

Se o socorro estiver do outro lado da avenida.

 

Mas se o socorro for tão distante quanto a vida no deserto,

Melhor, nessas horas,

O ser inventar uma saída.

 

Assim, no meio de tanta agonia,

Com os joelhos dobrados e mãos para o alto,

Passei a ter a habilidade de criar uma lua.

De tanto fazer desenhos incansáveis no chão,

Que passaram a iluminar fantasticamente uma ou várias saídas.

 

Criação que afastou o mal,

De forma a redesenhar uma exuberante saída.

Tudo parece loucura na vida do ser,

Quando se estar em um labirinto sem saída.

 

Brasília, DF, em 20 de janeiro de 2020.

No beco sem saída. Poema de Bomani Flávio.

sol do coração

Viagem para Portugal.

Viagem para Portugal.

Talvez para outras terras.

Quase todo mundo tem seu sonho de viagem.

Mas viajar ao sol do coração

Tem que ter muita coragem.

 

Além de muita ousadia,

Vontade extrema de conhecer sua interior moradia.

Ousadia que me levou, com extrema dificuldade,

Ao luzeiro do meu coração.

Estava quase apagado,

Por causa da depressão.

 

Isto aconteceu nos anos de chumbo.

A energia cinza invadiu meu coração.

Deixei a depressão e a ansiedade tomarem conta

Do sol do meu coração.

 

Sol que foi diminuindo

Até ficar do tamanho do grão do feijão.

Por isso que quase me desvaneci diante do sombrio.

Poder sem qualquer vínculo com o belo Azerbaijão.

 

Antes que o sombrio venha com nova cor,

Preciso aprender a proteger o sol do coração.

 

Do que adianta ter muita coisa,

Satisfazer a todos os desejos que vierem,

Se, no dia a dia,

Não ter, brilhando como uma faísca de fogo,

O sol do coração?

 

Ali é a sala de recepção,

Onde deve morar o bem querer,

Intensa energia saudável,

Que deixa o ser bem agradável.

 

Talvez então seja melhor viajar para Portugal,

Com pouco ou muito dinheiro no bolso,

Para cuidar do sol do coração.

Porém, se for pesadelo de sonho,

Não esquecer de levar a razão.

 

 

Brasília, DF, em 12 de janeiro de 2020.

Viagem para Portugal. Poema de Bomani Flávio.

O casal não tem desejo.

O querer, sempre o querer.

O casal não tem desejo.

Tem o querer,

Que é o fazer,

Base do acontecer.

Fica tão intenso que assombra de dia,

De tarde ou de noite.

 

Mas às vezes assombra por dias,

Semanas, anos ou décadas.

Simplesmente por causa do querer

E de nada mais.

 

A depender da estação,

O fazer pode apertar ou relaxar.

Esta a marca do poder do querer.

 

Fera difícil de domar.

Até mesmo de acalmar.

Ditadura gostosa ou ruim,

Que atrai ou repudia o outro querer.

 

Fita métrica nenhuma, pois, consegue medir o querer.

Como repentinamente surge,

Nem para qual terra,

Mesmo na galáxia mais distante,

Possa ao ser levar.

 

Energia tão poderosa

Que às vezes provoca depressão,

Ansiedade ou tristeza,

Capaz de paralisar parcial ou completamente o ser.

 

O querer, sim, sempre o querer.

Transforma o outro em herói ou vilão.

Destrói ou restaura casamento,

Acordos ou sistemas.

 

Assim, o poder do querer está redefinindo o ser.

Néctar do querer.

Fera que nasce escondida,

Porém despertada por qualquer faísca,

Que que se alimenta da dúvida,

A predileta isca.

O casal humano não tem desejo.

Tem o querer,

Pronto a socorrer ou a destruir

O que acontece na vida do ser.

 

Brasília, DF, em 22 de novembro de 2019.

O casal não tem desejo. Poema de Bomani Flávio.

Sua paciência de Jó comigo.

“Igor Rickli acordou inspirado nesta quarta-feira (30.10.2019):
“Não conheço relações perfeitas… conheço gente que luta e transforma junto.
A @alinewirley tem uma paciência de Jó comigo e volta e meia a gente tá assim…
olhando pro mundo, observando
e se propondo a crescer juntos. Sorte a minha…”, disse ele na legenda.” (*)

 
 

 

Volta e meia estou assim,

Olhando para o mundo.

Outras vezes olhando para o mar,

De água a ir e a voltar.

 

Tudo para uma simples resposta:

Quais os ingredientes para nos transformar em casal?

Você com aquela paciência de Jó comigo,

Onde misteriosamente me abrigo.

 

Nem mesmo o mar a minha frente consegue entender

A sua paciência de Jó comigo.

Ondas sobre ondas não conseguem responder

A mais rudimentar pergunta:

Quais os ingredientes usados

Para nos transformar em casal?

 

Talvez seja o tipo de abrigo,

Que começa às vezes no olhar,

Na voz ou no sorriso.

 

Mas pode ser sua paciência de Jó comigo o verdadeiro abrigo.

Na minha rotina tão cheia de impaciência,

Surgiu um inacreditável porto,

Onde misteriosamente me abrigo.

 

Às vezes um só ingrediente equilibra a balança,

Se o ser não for assim tão cheio de desconfiança.

Estupenda baita sorte minha você na minha vida!

 

Brasília, DF, em 31 de outubro de 2019.

Sua paciência de Jó comigo. Poema de Bomani Flávio.