Torne-se cientista da própria vida pessoal.
Torne-se cientista da vida pessoal,
Quer dizer, cientista da própria vida pessoal,
Já que tudo gira em torno do emocional.
Quando não gira, gira em torno do sol.
Se o sol, aliás, não for o gigantesco sol de arder os olhos,
Que há dentro do coração.
Coração valente que suporta muita dor.
Às vezes dor de morrer a carne,
Outras vezes dor de morrer a alma.
Dor que precisa de muita observação.
Se a ciência começa na observação,
O ser aflito precisa de solução,
Para a devida ação.
Torne-se cientista da própria vida pessoal,
Antes que os primeiros socorros cheguem.
Cientista dos primeiros socorros,
Da própria vida pessoal.
Descubra os primeiros sintomas da ansiedade e da depressão,
Que assustam exageradamente a alma do ser.
Crescem tanto que a alma geme.
Dor do silêncio que algema.
Se os espectros tivessem olhos e pele,
Tudo pareceria fácil.
O ser escolheria as armas para o combate.
Na medida certa para cada combate.
Mas nem todo inimigo tem olhos e pele.
Mesmo assim, o ser sente, sente tanto, que chora.
Torna-se, sem saber, de dezenas de elefantes.
Para ombro que mal leva a cabeça do tronco.
Torne-se cientista da própria vida pessoal.
Observar-se começa com aquelas perguntas.
Indagações rotineiras que assombram a alma do ser.
Por que sou assim?
Em que minha vida pode melhorar?
Por que tantas tentativas frustradas?
Por que relacionamentos errados?
Por que a demora da prosperidade?
Por que remédios contra a ansiedade?
Por que, assim, tanta burrice?
Torne-se cientista da própria vida pessoal.
Quem não faz perguntas, não será gente.
Tornando-se cientista da própria vida pessoal,
Será, de imediato, a imediata ajuda.
Nesta vida tão bela e que às vezes parece ingrata,
Tudo pode girar de maneira confusa.
Quando não gira, gira em torno do sol.
Se o sol, aliás, não for o pequeno coração.
O que habita dentro da alma.
O cientista da vida pessoal sabe onde pisa.
Saber onde pisa diminui a ansiedade,
Esvazia ou acaba com a depressão.
A tal ponto que dezenas de elefantes podem virar a menor das formigas.
Brasília, DF, Brasil, em 10 de setembro de 2018.
Cientista da própria vida pessoal. Poema de Bomani Flávio.
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