Estou dentro de um redemoinho.
Estou dentro de um redemoinho,
Que não surgiu de nenhum moinho.
Não surgiu da terra, do rio, ou do mar.
Se estiver dentro de um redemoinho,
Talvez seja bom verificar os seus caminhos.
Pois na vida do homem há caminhos.
Muitos florescentes e vigorosos.
Alguns adormecidos;
Outros a morrer ou a brotar.
Estou dentro de um redemoinho.
Quinze anos ou mais
Dentro de um ou mais redemoinhos
De onde não consigo facilmente escapar.
Todos se radicando no ninho.
Luta de dia e noite,
Para meu eu de alguma forma mudar.
Mas vida que é vida é cheia de caminhos,
Que surgem para o eu mudar.
Há muito tempo estou dentro de um redemoinho,
Que traz ou renasce os caminhos,
Para se instalarem dentro do meu ninho.
Tantos caminhos na vida do ser.
Por isso que surgem os redemoinhos,
Para os identificar.
Um, dois ou vários redemoinhos.
Ativadores do despertar.
Mas meu ser precisaria de qualquer vento
Para revelar o meu caminho?
Basta eu revelar para alguém.
Assim saberia o que dentro tem.
Porém os ventos são ondas que vão e vêm.
Se não voltarem,
Acharam seus caminhos.
Ou seja, mudaram o eu que havia no lugar.
Estou dentro de um redemoinho.
Mistério que vem do viver
Mudança por fora,
Que atinge por dentro.
E se o meu eu não sair do redemoinho?
Coitado de mim.
E eu achava que quem mandava fosse eu!
Brasília, DF, em 25 de agosto de 2020.
Estou dentro de um redemoinho. Poema de Flávio di Fiorentina.
Descubra mais sobre Flavio Di Fiorentina Ferreira
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.
Trackbacks & Pingbacks
[…] Estou dentro de um redemoinho. […]
[…] Estou dentro de um redemoinho. […]
Deixe uma resposta
Want to join the discussion?Feel free to contribute!