Em tempos de vacina, vou voltar ao meu coração.
Fui ao portão de casa. Vi pessoas e animais passando na rua.
Pronto. Encontrei, de repente, mais um motivo para escrever. Flavio di Fiorentina
Em tempos de procura pela vacina,
Vou voltar ao meu coração.
Quero quebrar esta louca rotina,
Que não acalma esta emoção.
Antes que eu perca a razão,
Vou voltar ao meu coração.
Misteriosa sede da emoção.
Voltar para não enlouquecer a razão.
Eu preciso, urgentemente, voltar ao meu coração,
Para checar do porquê da briga com a razão.
Se eu continuar permitindo a briga,
A cabeça será mais uma inimiga.
Prato cheio para todo barraco e intriga.
Vou voltar ao meu coração,
Antes que eu perca a razão.
Não posso adiar essa decisão.
Como não posso criar uma vacina,
Talvez a minha contribuição seja acalmar o próprio coração.
Antídoto para contagiar outro coração.
Mas, para voltar ao meu coração,
Preciso superar o deserto de Sibá,
Que, geograficamente muda de lugar.
Deserto que fica do lado esquerdo,
Direito ou no centro do coração,
Caso não fique no meio da razão.
Justamente o deserto de Sibá,
Onde meu coração se perde.
Atitude que complica a razão.
Em tempos de procura pela vacina,
Vou voltar ao meu coração.
Talvez encontre o antídoto.
Não para curar a minha emoção.
Porém, qual será a vacina para minha emoção?
Talvez aquela que esteja dentro da minha razão.
Brasília, DF, em 22 de outubro de 2020.
Em tempos de vacina, vou voltar ao meu coração. Poema de Flavio di Fiorentina.