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Agora vou falar da minha pátria.

Todos falam de suas pátrias.

Agora vou falar da minha.

Filho que engradece a pátria,

Mas espolia o que a terra tem,

Impedi que a nação se torne uma rainha.

 

Para se tornar uma rainha,

Minha terra precisa de sonhos.

Urgentemente de sonhos,

Desses que levam homens à lua.

 

Sonhos que projetam foguetes no espaço.

Filhos que ganham prêmio Nobel.

Façanha decorrente de pesquisas e literatura,

Aliada à pacificação social.

 

Mas minha nação não acorda.

Pátria que não acorda,

Não realiza façanha.

Pátria não pode virar zumbi,

Que não é de ninguém.

 

Mas quando minha pátria sonhou,

No pouco tempo que sonhou,

Apareceu a capital que a nação ganhou.

 

Capital que inaugurou novos tempos.

A terra ingressou na modernidade do olimpo,

Por causa do sonho de ocupar os campos.

 

Teve filho que sonhou com o avião.

Logo surgiu o 14 bis.

Tem sonhado com futebol.

Quantas façanhas de assombrar  os campos!

 

O Brasil precisa assombrar outras terras, outros mundos.

A nação assombra outras terras com inovações.

Somente assim conseguirá assombrar os filhos,

Que querem estudo e emprego.

Os anciãos, de sonhos de vida boa.

É isso que minha terra precisa.

De sonhos para os filhos realizá-los.

Homens e mulheres com toneladas de energia e ousadia.

Filhos que buscam a governança pública.

Pois nação sem ordem,

As coisas desandam.

 

Se a corrupção atingir o prato,

Come-se os sonhos,

Do trabalhador.

 

Acorde, minha pátria.

Não adianta fazer carros que não andam,

Guardar foguetes que não saem da barriga,

Lançar modelos de internet e GPS para míngua  duas pessoas,

Se a população não tem hospital,

Nem transporte de excelência.

 

Outras pátrias têm sonhado.

Quantas têm sonhado!

Muitos frutos têm ganhado.

 

Acorde, minha pátria.

Vista o lençol das inovações.

Quanto mais inovar,

Mais prosperidade terá.

 

Está na hora de incitar os filhos,

Com sonhos e ousadia.

Quem sabe assim volte a ser rainha,

Que não seja da fada madrinha.

 

Brasília, DF, em 11 de outubro de 2018.

Agora vou falar da minha pátria. Poema de Bomani Flávio.