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O conflito de Gaza pode roubar meu coração.

Preciso aprender a guardar meu coração,

Antes que o conflito de Gaza mine qualquer ação.

Se eu não reagir diante de iminente ameaça,

Não conseguirei guardar o outro coração.

O que carrego em uma das mãos.

 

Mas guardar o coração em uma das mãos causa tremendo desconforto.

Ele fica exposto às intempéries.

Se já não consigo guardar o de dentro,

Conseguirei guardar com fervor o de fora?

Coração fora tem o risco da infecção.

Poderia muito entrar em putrefação.

 

Lembro que tenho sido capaz de guardar tantas coisas na vida.

Não conseguiria guardar o outro coração?

Sei muito bem da dificuldade de cuidar do de dentro,

Ciência tenho da dificuldade para cuidar do de fora.

 

Dificuldade que está na iminente ameaça de Gaza,

Que pode minar qualquer ação.

Gaza quer minar a vida.

Roubar o segredo,

Que está em minhas mãos.

 

Preciso aprender a guardar meu coração,

Antes que o conflito de Gaza mine qualquer ação.

Dizem que o segundo coração duplica anos de vida.

Talvez triplique ou quadruplique.

Isso só pode ser pura enganação.

 

Expor-se, porém, é a mais fraca das armas,

Se não souber guardar o segundo coração.

 

Gaza é se expor.

Perder a vergonha de si.

Quanto mais se expor,

Mais fora o coração.

 

Com reza, oração ou confissão,

Preciso guardar meu coração.

Caso contrário, o conflito de Gaza pode minar qualquer reação.

 

Conflito que não é geográfico.

O pior dos conflitos vem de dentro para fora.

Não aceita qualquer filtro.

Tudo isso pode acontecer,

Se o conflito de Gaza roubar meu coração.

 

Aliás, coração que é coração,

Não deve ficar exposto,

Mesmo que seja o segundo coração.

 

Coração exposto na mão não é lugar para guardar o coração.

Melhor guardado do que mais um peso na mão.

Esta tem que ficar livre,

Mas para isso preciso aprender a guardar meu coração.

 

Brasília, 9 de novembro de 2018.

Preciso aprender a guardar meu coração. Poema de Bomani Flávio.

Brilhar como um vagalume para vencer o medo da noite.

Preciso brilhar como um vagalume,

Para vencer o medo da noite.

Se eu vencer o medo da noite,

Vencerei o medo do dia.

Preciso brilhar como um vagalume,

Que voa na noite com tal costume.

 

De tanto viver com a luz apagada,

Por causa do medo,

Surgiu uma luz.

Assim do nada.

Luz que vem de um simples vagalume.

 

Preciso brilhar como um vagalume,

Para enfrentar os terrores.

São tantos os terrores da noite.

Também são os da luz do dia.

 

Mas como vou brilhar?

Olhando para o vagalume.

Este tem a luz,

Mas não tem perfume.

Eu, é claro, não tenho luz,

Mas tenho meu perfume.

 

Preciso exalar meu perfume.

Toda pessoa tem seu perfume.

Para descobrir o cheiro que tem,

Saia na noite como pirilampo.

Verá que de bom alguma coisa tem.

 

Somente não quero exalar o medo.

Aquele que vem das raízes da noite.

Plantas que emitem terrores.

São muitos os terrores da noite.

Por isso preciso brilhar como um vagalume.

 

Terrores que têm asas e olhos.

Mas de um quero ter medo.

De não brilhar como um vagalume.

Mesmo na noite que possa vir a me entristecer,

Eu preciso brilhar como um pirilampo,

Que voa na noite com tal costume.

 

Mas jamais me esconder,

Por causa dos terrores da noite.

E para não me esconder,

Apenas brilhando como um vagalume.

 

Igual àquele que se esbarrou em meu pescoço,

Naquele dia de intensa tristeza de um medo sem nome.

O bichinho me fez lembrar que preciso brilhar,

Para suportar a noite de qualquer lugar.

 

Brasília, DF, em 26 de outubro de 2018.

Preciso brilhar como um vagalume. Poema de Bomani Flávio.

Rugas chegaram com delicadeza em meu rosto.

Rugas chegaram com delicadeza em meu rosto.

Sinais com vincos profundos.

Mas vieram tão de mansinho,

Ao longo dos anos.

Tanta delicadeza enganaram meus olhos,

Tão exigentes com a alimentação e o bem-estar.

 

Mas por que somente agora fui me dar conta?

Oitenta aniversários com parabéns e bolos!

Como esta máscara tão cheia de vincos,

De vincos tão profundos,

Instalou-se em meu rosto sem ao menos me avisar?

 

Apalpo meu rosto novamente.

Os vincos estão todos lá.

Acordo no dia seguinte e continuam lá.

 

Porém se propagam sobre o pescoço, as mãos e os braços.

Tudo parece tão diferente e impregnado!

Onde está minha pele de pêssego,

Que eu não reconheço mais?

Quem foi o pintor que,

Na calada da noite ou sob o intenso sol,

Foi redesenhando meu lindo rosto?

Resultado de um trabalho de artesão,

Que meu ser procura entender.

 

Toco novamente com delicadeza a pele do meu rosto.

Onde está minha pele de pêssego,

Que eu não reconheço mais?

 

Pois o que sinto são vincos,

Profundos vincos,

Que vieram para ficar.

 

Minha pele de pêssego só pode estar no casulo.

Naquele casulo preso na goiabeira,

Que vejo por meio da janela da cozinha.

 

Onde há casulo, há troca do que era pelo que está chegando.

Fui permitindo como uma presa diante do predador.

Mesmo que eu contratasse um exército,

Não tinha como vencer um animal que se prolifera.

Talvez a culpa seja dos aniversários.

Quanto mais aniversários,

Mais licença fui concedendo.

 

Mas não tem como resistir a força de um pintor,

Cujo rosto ninguém vê.

Ele pega o lápis, sem precisar de prancha,

E vai desenhando linhas e mais linhas.

 

Mais vou olhar para a goiabeira do quintal.

Quem sabe olhando para os casulos,

Eu descubro o rosto do pintor.

 

Brasília, DF, em 23 de outubro de 2018.

Rugas chegaram com delicadeza em meu rosto. Poema de Bomani Flávio.

Onde comprar o futuro?

Onde comprar o futuro?

Onde comprar o amanhã?

Milionários querem comprar,

Mas vendedor não há.

 

Quem não quer comprar o futuro?

Moedas não faltam.

Onde estaria à venda?

 

Moeda tão preciosa assim ainda não existe para comprar.

Procurei em todo o mercado,

Mas, por ser produto tão precioso,

Mais que o euro, dólar, ouro, bitcoin,

Infelizmente não consigo encontrar.

 

Por mais que eu insista,

Onde se vende o amanhã para comprá-lo?

 

Andei milhares de quilômetros,

Cruzei oceanos,

Atravessei desertos de assombrar a morte,

Furei fronteiras de bala,

Enganei cães farejadores bem nutridos e treinados,

Para comprar o porvir.

 

Mas no país onde estou,

Ninguém sabe como comprar.

Mas comprar o quê?

Comprar o bendito futuro.

 

Infelizmente aqui nada achei.

Também não vi ninguém.

Poderia ser qualquer traficante,

Inclusive com dezenas de reincidência,

Para me vender o futuro.

 

Preciso urgentemente de mais futuro.

Preciso viver mais cinco, trinta, ou mais anos.

Muitas invenções estão por surgir,

Inclusive a que ainda falta,

Qual seja, a vida eterna.

Quem sabe ajudar enfermos,

Que pode virar um Zé ninguém.

Tenho 3 bilhões e quero comprá-lo.

Mas disseram que a pedra preciosa está em Marte.

Talvez em Júpiter ou Saturno.

 

Onde encontrar o amanhã,

Para que eu possa suborná-lo?

Mesmo tentando adivinhar,

A pedra preciosa não se vende.

 

Como dádiva da vida,

O amanhã é de graça.

A moeda mais preciosa estranhamente é de graça.

Vai-se doando assombrosamente,

Para a vida continuar.

 

Agora sei, e sei muito bem,

O futuro é moeda preciosa.

Tão preciosa que não acho para comprar.

 

O doador simplesmente doa a moeda,

Tão de graça que os ladrões tentam tirá-la.

 

Resta-me ficar nos devaneios.

Talvez nos devaneios nasçam a esperança,

De uma ressurreição que vem dos sonhos.

Mas há o temor de uma ressurreição.

Será pela biotecnologia?

Que se possa esticar a vida,

Para pouca gente,

Que tem euro, dólar, bitcoin.

 

Brasília, 22 de outubro de 2018.

Onde comprar o futuro? Poema de Bomani Flávio.

A intolerância ofende a imagem do Criador.

A intolerância ofende a imagem do Criador,

Não importa a genética do agressor,

Que precisa dos olhos e da boca,

Para dizer que a vítima não tem nenhum valor.

 

O agressor valoriza muito a indiferença,

Licença que não tem nenhum valor.

Quanto mais o ser se torna intolerante,

Mais distante fica do Criador,

Que criou o homem à sua imagem e semelhança.

 

Se o agressor valoriza tanto a cor da pele,

O Criador, na criação, não indicou a cor.

Simplesmente criou homem a sua imagem e semelhança.

O Criador olha o homem de dentro para fora,

Não de fora para dentro.

 

Patrimônio que o agressor ignora,

Que olha a vítima de cima para baixo,

Com sinal de reprovação.

Esse raio X vulgar não tem nada de ciência.

Mas revela que o destino de todos é um só:

O cemitério de qualquer cidade,

Onde os desiguais serão vizinhos e iguais.

 

Etnia suprema na natureza há apenas uma:

O homem a imagem e semelhança do Criador.

Quando isso se rompe, cria-se a etnia do terror.

 

Isso se estende a toda forma de intolerância.

Machismo,

Racismo,

Preconceito contra pessoa LGBT,

Intolerância religiosa,

Intolerância contra pessoa com deficiência,

Intolerância contra estrangeiros,

Intolerância racial.

São tantas intolerâncias que se criariam o Livro das Intolerâncias.

Infelizmente, seria o livro do mal.

 

Assim, por causa da intolerância,

Quantas pessoas foram mortas,

Em nome da supremacia da cor.

 

Fato que levou a tantas guerras e traições.

Muitas culturas se apropriaram de outras.

Muitos povos foram subjugados.

Uns tornaram-se vencedores.

Outros escravos da própria sorte.

Alguns tiveram que refazer a vida em outros lugares,

Sujeitando-se a climas tão adversos,

Que mudaram a genética,

Que mudou a cor.

Mas tudo isso mudou a imagem e a semelhança do homem?

O próprio Criador escolheu a imagem e semelhança,

Como referencial para qualquer ser.

 

E o que sobrou depois de muitas intolerâncias?

Para os ricos, terras e riquezas.

Aos derrotados, a intolerância invisível de nossos dias.

 

Ódio contra ciganos,

Ódio contra negros,

Ódio contra judeus.

Ódio contra pobres.

E por que há tanto ódio?

 

Porque confundem a imagem do Criador,

Que não disse a sua cor.

A intolerância ofende a imagem do Criador,

Que não disse a sua cor.

 

Ninguém, na verdade, devia dizer a sua cor.

Caso qualquer documento exigisse,

A cor universal seria imagem e semelhança do Criador.

 

Brasília, DF, em 16 de outubro de 2018.

A intolerância ofende a imagem do Criador. Poema de Bomani Flávio.

Agora vou falar da minha pátria.

Todos falam de suas pátrias.

Agora vou falar da minha.

Filho que engradece a pátria,

Mas espolia o que a terra tem,

Impedi que a nação se torne uma rainha.

 

Para se tornar uma rainha,

Minha terra precisa de sonhos.

Urgentemente de sonhos,

Desses que levam homens à lua.

 

Sonhos que projetam foguetes no espaço.

Filhos que ganham prêmio Nobel.

Façanha decorrente de pesquisas e literatura,

Aliada à pacificação social.

 

Mas minha nação não acorda.

Pátria que não acorda,

Não realiza façanha.

Pátria não pode virar zumbi,

Que não é de ninguém.

 

Mas quando minha pátria sonhou,

No pouco tempo que sonhou,

Apareceu a capital que a nação ganhou.

 

Capital que inaugurou novos tempos.

A terra ingressou na modernidade do olimpo,

Por causa do sonho de ocupar os campos.

 

Teve filho que sonhou com o avião.

Logo surgiu o 14 bis.

Tem sonhado com futebol.

Quantas façanhas de assombrar  os campos!

 

O Brasil precisa assombrar outras terras, outros mundos.

A nação assombra outras terras com inovações.

Somente assim conseguirá assombrar os filhos,

Que querem estudo e emprego.

Os anciãos, de sonhos de vida boa.

É isso que minha terra precisa.

De sonhos para os filhos realizá-los.

Homens e mulheres com toneladas de energia e ousadia.

Filhos que buscam a governança pública.

Pois nação sem ordem,

As coisas desandam.

 

Se a corrupção atingir o prato,

Come-se os sonhos,

Do trabalhador.

 

Acorde, minha pátria.

Não adianta fazer carros que não andam,

Guardar foguetes que não saem da barriga,

Lançar modelos de internet e GPS para míngua  duas pessoas,

Se a população não tem hospital,

Nem transporte de excelência.

 

Outras pátrias têm sonhado.

Quantas têm sonhado!

Muitos frutos têm ganhado.

 

Acorde, minha pátria.

Vista o lençol das inovações.

Quanto mais inovar,

Mais prosperidade terá.

 

Está na hora de incitar os filhos,

Com sonhos e ousadia.

Quem sabe assim volte a ser rainha,

Que não seja da fada madrinha.

 

Brasília, DF, em 11 de outubro de 2018.

Agora vou falar da minha pátria. Poema de Bomani Flávio.

Coitado, meu nariz quer ser o dono do mundo.

Estão me dizendo que sou dono do mundo.

Estão me dizendo que sou dono do meu nariz.

Tanta bajulação tem nome e sobrenome.

São os conselheiros das vinte e quatro horas,

Que estão dentro do meu nariz.

 

Como pode habitar conselheiros,

Dentro do meu pequeno nariz?

 

Isso é revelação de assustar.

Alguém pode achar que estou ficando doido.

Então eu não posso a ninguém contar.

 

O que eu posso contar é que tenho um nariz.

Vou no espelho do banheiro.

Toco no meu pequeno olfato.

Como sempre, ele continua lá.

Tenho muita consideração pelo meu nariz.

 

Mas porque os conselheiros habitam lá,

Isso é para a ciência do futuro.

Porque a ciência do presente fala que é o cérebro.

Disso eu sei,

Pois é o cérebro que comanda o ser do meu ser.

 

Então ouço o refrão do hino novamente.

Estão me dizendo que sou dono do mundo.

Estão me dizendo que sou dono do meu nariz.

Haja tantos conselheiros,

Dentro do meu pequeno nariz.

 

Conselheiros das vinte e quatro horas,

Que foram morar dentro do meu nariz.

Como posso ser dono do mundo,

Se sequer sou dono do meu nariz?

Os conselheiros estão errados.

Como posso ser dono do mundo?

Talvez seja meu nariz empinado,

Encucando muitas e muitas asneiras

Dentro do meu insatisfeito ego.

 

Nariz que cheira.

Nariz que sente.

Agora nariz que comanda.

 

Ouço o hino novamente.

Estão me dizendo que sou dono do mundo.

Estão me dizendo que sou dono do meu nariz.

 

Então resta-me ir descansar dentro de uma rede de balançar.

Olhar para o céu estrelado.

São tantas estrelas no céu.

Cada estrela é um sonho.

Quanto mais se sonha,

Mais o céu fica estrelado,

Quanto menos se sonha,

Mais o céu fica nublado.

Ciência que ninguém consegue explicar.

 

Talvez assim eu consiga andar por mares nunca dantes navegados.

Porque os mares em que estou têm muitos legados.

Casa de aluguel que não vira propriedade.

Amortização de dívida que nunca acaba.

Adiamento de viagem para lugares quentes e que tenha água.

 

Será por isso que tenho tantos conselheiros,

Dentro do meu nariz?

Estão me dizendo que sou dono do mundo.

Estão me dizendo que sou dono do meu nariz.

Tanta bajulação tem nome e sobrenome.

São os conselheiros das vinte e quatro horas,

Que estão dentro do meu nariz.

 

Brasília, DF, em 06 de outubro de 2018.

Meu nariz quer me controlar. Poema de Bomani Flávio.

segredo das coisas

O pássaro dos segredo das coisas.

Muita fatídica esta manhã de segunda-feira,

Que produz uma visão fantasmagórica,

Em plena luz do dia!

Um pássaro sobrevoou minha cabeça,

Abatida de tanta tristeza.

 

Esplendorosa ave grande.

Sobrevoou como se eu fosse a carniça.

Eu à procura de emprego,

A ave à procura da carniça.

 

Eu não era a carniça, disse-me.

Eu vim do mundo que faz o mundo.

Do visível ao invisível.

Do átomo às máquinas, carros, casas, apartamentos,

Roupas simples, roupas caras.

 

Vim do mundo do segredo das coisas.

O pássaro voou até meu ombro e ainda disse:

Se quiser ter carro, casa, viajar,

Casamento feliz, bons filhos, longevidade,

Descubra o segredo das coisas.

 

Descubra os segredos do universo.

Tudo tem um início.

Domine o início e venderá o produto.

Assim, tudo acontecerá.

E voou.

O pássaro voou e sumiu.

Eu estaria ficando doido?

Espécie que fala como aquela não há.

Ave de beleza e sabedoria.

 

Para meu espanto,

O pássaro voltou.

Eu conheço você.

Descubra o segredo das coisas.

O conhecimento está presente.

Agite as águas do conhecimento.

Uma coisa puxa a outra.

O pássaro voou e nunca mais voltou.

Quais são os segredos das coisas?

Quais são os segredos do universo?

 

O homem descobriu os segredos das bombas.

Quantas bombas surgiram!

Os aviões estão voando.

Os foguetes ultrapassam o céu azul.

Os computadores dominam as mãos, os olhos.

Brevemente dominará a mente.

Os remédios curam quando eficazes.

 

Tantos segredos por trás das coisas,

Que viraram produtos.

Tudo se transforma em produto.

Quem não tiver nada será.

Nem sequer tenho o emprego.

Produto que me amedronta.

 

Os carros foram embora.

As pessoas foram embora.

Senti a solidão da avenida.

Como eu queria que o pássaro voltasse!

 

Porém notei que a ave deixou uma semente,

Que caiu na calçada.

A semente da carniça.

O segredo das coisas começa na carniça.

Quanto mais o odor,

Mais perto o sucesso.

 

Brasília, DF, Brasil, em 06 de setembro de 2018.

O pássaro dos segredo das coisas. Poema de Bomani Flávio.