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Como será o ano novo que se aproxima?‎

Como será o ano novo que se aproxima se o velho não é só um conceito?
A dúvida chegou tão de mansinho em que eu estou nesta bicicleta,
Pedalando para sentir o tempo que para mim não parece perfeito.

Sim, o tempo me parece tão imperfeito quanto eu.
Ruguinhas, problemas ali em meu corpo, que vai perdendo o apogeu.
Tudo isso o tempo vai aplicando quase me deixando no breu.

Difícil de acreditar sobre como será o ano novo que se aproxima,
Se eu não fizer uma média e dividir pelo que vi no ano velho.
Espero que o resultado não seja, para ouvir ou ver no jornal, uma bombinha de Hiroshima.
Qualquer artefato, aliás, pode trazer muita coisa de vermelho.

Como será o ano novo que se aproxima com minhas metas,
Se as anteriores, entre dez, mais de sete não se cumpriram?
Sou daqueles que trabalha calado, sem tocar trombetas.
Assim, algumas coisas fluíram, outras não convergiram.

Ano velho ficando para trás porque o novo se aproxima.
Parece que tudo tenha sido feito para ter um clima.
O tempo, por si só, parece um clima que contém toda a matéria-prima,
Para um bruxo ou feiticeira que trabalha para fazer algo com sua vítima.

Eu sou uma dessas vítimas que nada pode fazer.
Ano novo ou ano velho, apenas é nomenclatura,
Para eu achar que consiga algo refazer.

Preciso pedalar, pedalar e pedalar.
Talvez pedalando eu consiga achar que tenha enganado o tempo,
Porque estarei usando sua linguagem,
Que é a do movimento com algum tipo de passatempo.
Pensando melhor, talvez tudo não passe de uma roupagem.

 

“O poema foi escrito entre às 10 horas da manhã e 12:37
sob muito sol e alguma expectativa de chuva na Capital Federal.

Brasília, DF, Brasil, 29 de dezembro de 2017.”

Como será o ano novo que se aproxima? ‎Bomani Flávio dos Santos Ferreira.

Ano novo.

O ano novo começou em outubro,

Mas dezembro surge se abrindo para meus olhos sedentos.

Vislumbro aquelas profecias para o ano-novo.

Renovação de promessas não cumpridas.

Muitas festas e comilanças

E fogos de artifícios.

 

Antes assistia com afinco o réveillon.
Mas agora dezembro vai emergindo como o circo que abre o ano-novo.

 

É que não se pode esquecer dos cinco dias antes.

Até mesmo do que aconteceu ou podia ter acontecido há três meses ou mais.

 

Banquetear será bom se todos derem as mãos desde os dias de ontem.

Os refugiados com os europeus.

Os latinos com os do Norte.

Os judeus com os árabes.

Não se esquecendo dos asiáticos com os chineses.

Banquete não tem data fixa.

Todos os dias seriam celebração!

 

Brasília, 6 de outubro de 2017 às 18:50

‎Ano novo. Poema de Bomani Flávio.