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desalinhamento

A minha perturbação mental.

 

Segundo dia da primavera. 
O silêncio
não habita em meu coração  quando estou escrevendo.
Flavio di Fiorentina.

 

 

De onde vem essa terrível perturbação mental,

Que me deixa tão mal?

A causa da perturbação mental, quando chega, vem das torres do mar,

Que estão debaixo do paladar.

 

Se não souber onde está o seu paladar,

Procure as torres próximas ou embaixo da língua.

Vasculhe direitinho,

Para que você mesmo não fique à míngua.

 

Essas são as misteriosas torres do céu e do mar!

Das terras escondidas,

Que os olhos não enxergam,

Vistas do lado de cá.

 

Pois quando o desalinhamento mental vem do mar,

O ser inexplicavelmente começa a se odiar.

Obviamente porque está a se desalinhar,

Por causa, mais uma vez, do paladar.

 

O ser fica tão desalinhado quanto esculhambado,

Por causa das estranhas torres do mar.

Onde estará o instrumento à disposição,

Se existir ferramenta, para que possa se realinhar?

 

Enquanto não achar a ferramenta para se aprumar,

O ser vai se desalinhando.

Pode estar virando uma parede desalinhada,

Por causa das torres do mar,

Que afetam excessivamente o paladar.

 

Pois ficar sem sustento no chão,

A pessoa pode ficar fora do prumo.

Infelizmente sem rumo.

Tão difícil de caminhar.

 

Caminhada fácil que agora foi embora,

De forma que me deixou fora.

Exatamente fora da estrada,

Onde existe a paralela estrada,

Que não favorece a retomada.

 

Se não for bêbado,

Nem mal passado,

Como meu ser virou uma parede desalinhada,

Alcoolizada?

 

A causa do desalimento mental vem das torres do mar,

Que afetam as terras do lado de cá.

Imagine se houvesse terras sem o mar.

Não haveria barcos, caravelas ou navios.

 

Segundo a ciência das ideias sem causas aparentes,

O mar foi colocado para o homem saber que a água não veio da terra,

Nem a terra veio do mar.

 

De onde veio a terra e o mar?

Veira da loucura dos olhos,

Para estarrecer e acalmar.

 

Ingredientes existentes no meu coração.

Cheio de terra com seus tantos mares.

Mas de onde vieram as paredes desalinhadas,

Que afetam negativamente o equilíbrio do meu caminhar?

 

Mas o desalinhamento mental deveria ter vindo das torres da terra,

Onde se pisa e se anda.

Talvez assim fosse mais fácil adentrar as bases do paladar.

 

 

 

Brasília, DF, em 23 de setembro de 2020.

O meu desalinhamento mortal. Poema de Flavio di Fiorentina.